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sexta-feira, 8 de abril de 2016

Ninguém sai

No cais, no porto da Venezuela,
cadastro de pessoas
homens armados de um lado
no outro, algo que penso em ser meu lar...

Alguém que está comigo
em uma festa que está rolando...
mulheres, homens, militantes, bebidas, risos...

Observo que é uma festa, mas não há som
e as pessoas falam baixinho... quase aos cochichos...

Tento ir para minha casa mas tem barreiras,
dou uma volta enorme, pois conheço outros caminhos
como um labirinto fosse
tento chegar,

 No caminho
encontro com uma criança que está vendendo amendoim
olho em seus olhos e ela
me fala que tem dor de garganta,
aviso que não tenho como ajudá-la
e pergunto: você sabe onde está?
ela se afasta apontando para a garganta.

A rua está deserta e chego a uma rampa que
dá acesso ao navio-cargueiro,
entro por um corredor,
que tem uma estante,
tendo andar pelos corredores apertados
ouço passos apressados de alguém que respira pesado

A noite é escura, não há luzes, só um pouco que vem de longe e a lua,
o corredor tem cheiro de local fechado e abafado



No meu caminho há uma porta bem larga com arco redondo,
mas tem grades, não há como cruzar para o outro lado...

No escuro desço um pouco para o lado esquerdo e vou apalpando
as paredes por que nada vejo...
e tentando não cair, o navio balança...

Entro em outro corredor, agora para a direita
e logo para a esquerda, se meu cérebro ainda funciona
creio estar indo na direção certa

Piso em algumas tábuas soltas que fazem barulho,
tento pular elas mas tenho medo de pisar em falso,
logo desisto e continuo tateando as paredes do corredor

Alguma luz amarelada no fundo do corredor,
vou devagar, pois parece que alguém cochicha
chegando ao meu destino, parece com meu quarto,
mas está diferente, todo revirado e tá muito estranho
não me sinto segura...

Penso em ir embora, mas procuro algumas peças de roupa,
mas não identifico como minhas... e desisto....

Saio daquele lugar e não sei para onde ir,
os cochichos me chamaram atenção e vou naquela direção

não conheço nenhum dos dois, mas pergunto como posso
sair dali por um caminho mais curto.... eles me olham,
fechando a cara e falam ao mesmo tempo, ainda cochichando

daqui ninguém pode sair.....



Imagens de minha autoria.... local: Navegantes (SC)






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